Suado e emocionante. Outra vez. Depois de superar o Santos com um gol no fim, o Fluminense voltou a vencer no apagar das luzes. Com Fred marcando nos acréscimos do segundo tempo, o Tricolor bateu o Atlético-PR por 2 a 1, neste sábado, no Maracanã, e segue firme na briga por uma vaga na Taça Libertadores de 2015. O gol salvador do camisa 9 – que chegou a 13 no Campeonato Brasileiro, dois a menos que Henrique, do Palmeiras – saiu menos de um minuto depois de o Furacão empatar com Cleberson. Wagner abriu o placar.
O triunfo, válido pela 31ª rodada, fez o Tricolor carioca chegar aos 51 pontos (6º lugar) e encostar no G-4, que é aberto pelo São Paulo, com 53 - mesma pontuação de Internacional (3º) e Corinthians (5º). O Furacão, por sua vez, segue com 40 pontos, na 10ª colocação. Na próximo sábado, 1º de novembro, o Flu visita o Goiás no Serra Dourada, 19h30 (de Brasília). No mesmo horário, mas no domingo, o Atlético-PR recebe o o Atlético-MG na Arena da Baixada.
Flu com um "9". O Atlético não
Com o apoio da torcida no Maracanã – 22.537 presentes no estádio, com 18.845 pagantes e renda de R$ 491.475 – e o retorno de Fred, o Fluminense começou a partida impondo seu ritmo. O Atlético-PR, por sua vez, entrou mais cauteloso. Sem o seu "9", o centroavante Cléo, autor de três gols nos dois últimos jogos do Furacão, o técnico Claudinei Oliveira optou por mudar o esquema com três atacantes, promovendo a entrada do meia Marcos Guilherme e mantendo a dupla Marcelo e Dellatorre na frente.
E foi justamente do camisa 9 tricolor a primeira boa chance da partida, aos 10 minutos. Após bola alçada na área, o atacante matou no peito e armou a bicicleta, mas mandou para fora. A resposta do Furacão veio três minutos depois, num contra-ataque quase fatal. Marcos Guilherme cruzou da direita, e Dellatorre, com uma cabeçada fulminante, obrigou Diego Cavalieri, que completou 200 jogos com a camisa do Flu, a fazer linda defesa.
Se Cavalieri brilhou de um lado, Weverton resolveu fazer o mesmo do outro. Por duas vezes, o goleiro do Atlético salvou cabeçadas que tinham endereço certo de Fred e Edson. E quando não salvava, contava com a falta de pontaria tricolor em chutes perigosos de Conca e Wagner. Embora sofresse atrás e tivesse menos posse de bola (45%), o ataque do Furacão também incomodava, principalmente quando acelerava o jogo. E na base da velocidade, o time paranaense quase abriu o placar com Marcelo no fim da etapa inicial. Cavalieri, com os pés, evitou o gol.
Cristóvão muda, e Flu marca
Na volta do intervalo, o Fluminense, que já tinha trocado zagueiros (Marlon saiu lesionado para a entrada de Elivélton) no fim do primeiro tempo, veio com Carlinhos no lugar de Chiquinho na lateral esquerda. E a substituição surtiu efeito imediato. Após cruzamento preciso do camisa 6 tricolor, Wagner subiu mais que a zaga do Furacão e cabeceou no canto: 1 a 0, aos três minutos. Em desvantagem, o Atlético-PR foi para cima e por pouco não igualou em duas oportunidades, com Willian Rocha e Marcelo. Na primeira, Jean salvou em cima da linha. Na segunda, o atacante espirrou o taco e mandou para fora.
Se sofria com a pressão atleticana, o Fluminense ainda perdeu o volante Valencia machucado (Bruno entrou no seu lugar). Sem poder fazer mais substituições e com dois atacantes lentos na frente (Walter e Fred), o time carioca era acuado na defesa e pouco aproveitava os espaços deixados pelo rival. E depois de tanto pressionar, o Furacão conseguiu o empate nos acréscimos, aos 46. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Cleberson pulou mais que toda a defesa tricolor e colocou no fundo da rede.
Quando o empate, que até soava justo, parecia ser o desfecho da partida, Bruno, outro lateral que entrou no segundo tempo, cruzou para Fred. O artilheiro do Fluminense dominou no meio de sete defensores rubro-negros, girou e fez a festa da torcida tricolor no Maracanã, menos de um minuto depois do gol de empate. Vitória sofrida, três pontos garantidos e o bom retrospecto diante do Atlético-PR mantido. Desde 2009 (nove jogos, com seis triunfos e três empates) que os cariocas não perdem para os paranaenses.
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