A noite desta quarta-feira deu a impressão de que seria de Lanzini, estreante pelo Fluminense. Mas outro jogador do time mostrou sua estrela. Ou melhor, sua força. Com dois gols e uma assistência, Rafael Moura, o He-Man, foi fundamental para a vitória por 3 a 0 sobre o Figueirense, no Engenhão. Edinho completou o placar
As memórias da derrota para o Grêmio fizeram Abel realizar duas mudanças. Reforçou a defesa ao trocar Fernando Bob por Valencia, e deu uma pitada de criatividade ao promover a estreia de Lanzini. Mesmo com o peso do 11 de Conca nas costas, o jovem não se intimidou em sua primeira partida pelo Flu e arriscou dribles e chutes. Era o atrevimento que o técnico queria.
Já o aniversariante do dia, Jorginho, preferiu organizar o Figueira num 4-4-2 mais cauteloso - para não dizer recuado - do que no empate com o Flamengo. Após atrair o adversário para seu campo com trocas de passes mais cadenciadas, passou a apostar nos contra-ataques que surgiam.
O Tricolor era perigoso quando chegava pelo lado esquerdo, com Carlinhos. Tanto que foi com ele que conseguiu um gol, corretamente anulado. O problema é que o Figueira aproveitava as subidas do jogador e assustava com Bruno.
Em um primeiro tempo relativamente equilibrado, o Fluminense, com a marcação adiantada, voltou a jogar bem e criou algumas oportunidades de gol. O Figueirense também teve as dele, até mais claras do que as tricolores, mas ambos não conseguiram empurrar a bola para dentro.
Quem demorou um pouco mais no intervalo da partida para ir ao banheiro ou fazer um lanche, achando que não perderia muita coisa, provavelmente não viu os dois gols do Fluminense nos cinco minutos iniciais do segundo tempo.
Rafael Moura fez bem a parede e rolou para Edinho, que soltou o petardo da entrada da área, abrindo o placar. No minuto seguinte, foi a vez do He-Man deixar o dele, seu 15º gol no Brasileirão. Ele aproveitou a lambança de João Paulo, roubou a bola, invadiu a área, deixou o mesmo no chão e estufou as redes de Wilson.
Os dois gols tricolores foram como uma injeção de adrenalina no Figueirense, que adiantou a marcação e passou a dar muito trabalho para Diego Cavalieri, que fez pelo menos quatro importantes defesas em um curto espaço de tempo. Em outros lances, contou com a sorte.
A partida que antes estava equilibrada agora tinha uma equipe empolgada e a outra desesperada. Com muitos espaços, as chances eram alternadas. Mas quem marcou - novamente - foi o Flu. Foi Rafael Moura. No primeiro cruzamento certo de Mariano, o camisa 10 subiu mais do que a marcação e cabeceou no cantinho, sem chances para o goleiro.
As alterações de Jorginho, inclusive a do zagueiro João Paulo, que falhou nos dois gols do He-Man, não surtiram muito efeito. Já Abel Braga resolveu apostar na parceria hermana e lançou Martinuccio para jogar com Lanzini. Além de dar uma moral ao contestado Fernando Bob, para melhorar a saída de bola.
Foi bom ter ido ao Engenhão. Pé quente, mas para vencer o clássico precisa não dar espaço para o bom time do vasco. Carlinho no ataque vai bem, mas na defesa...
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